sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Era amor? É amor

Vem cá. Chega mais perto. 
Sente? Diz que sim, vai. 
Tem que chegar bem perto, perto a ponto de ouvir o tum-tum do coração, a respiração, o calor do corpo aquecendo ao redor. 
Você consegue fazer um esforço e tentar olhar para o que passou sem alguma mágoa? 
O rancor trava a gente, faz qualquer tipo de saudade perder o ônibus, o prazo, o sentido. 
Não quero, não pode. 
A gente sentiu amor por um segundo. 
Era, não era? Diz pra mim, fala assim, devagar, olhando no meu olho, afastando a decadência injusta do fim.


(Clarissa Corrêa)



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